ADMINISTRAÇÃO.COM

"Administrar é usar recursos escassos e torná-los suficientes para atingir um objetivo." ( Eliane de Oliveira )

sexta-feira, 28 de dezembro de 2007

Estrutura básica do Departamento Pessoal

Introdução:
Parte das atividades do Departamento Pessoal atual, data de épocas bem remotas, pois desde quando a humanidade inventou o trabalho, já se registrava atividades de admissão, controle e demissão do pessoal.
A partir da Revolução de 1930, o governo provisório instituiu o Decreto nº 19.398, de 11/11/30, trazendo várias medidas de proteção ao trabalhador. Já no ano seguinte foram criados: a organização do Departamento Nacional do Trabalho; regulamentação da sindicalização; critérios para concessão de férias; a lei dos 2/3 de empregados brasileiros; critérios para Caixas de Aposentadoria e Pensões; Carteira do Trabalho e outros nos anos seguintes.
Mais tarde, algumas empresas modernas, passaram a denominar "Departamento de Administração de Pessoal", "Relações Industriais", "Relações Humanas", "Recursos Humanos", etc. Atualmente, inexiste qualquer definição formalizada para padronizar sua nomenclatura. Sabemos, por pesquisa, que várias empresas adotam diferentes nomenclaturas, porém as atividades são similares.
A nomenclatura "Relações Industriais" vem de "Industrial Relations". Surgiu no Brasil na década de 50, com a abertura do capital estrangeiro, no governo JK, através das empresas estrangeiras.
Na prática, há uma diferença entre "Departamento Pessoal" e "Relações Industriais". O primeiro trata especificamente da área legal. O segundo, além da área legal, tem como atribuição complementar: recrutamento e seleção; treinamento; cargos e salários; segurança patrimonial, etc., variando de empresa para empresa. Modernamente, tem se chamado de Recursos Humanos.
Nas empresas de menor porte, normalmente inexiste o Departamento Pessoal, pois as atividades são normalmente supridas pelo "Contador" da empresa.
Já nas empresas de maior porte, podemos quase sempre encontrá-lo, de estrutura meramente simples ou então até os mais sofisticados, em nível de Diretoria.
Basicamente o Departamento Pessoal, é constituído por três setores: Admissão, Compensação e Desligamento.
O setor de Admissão de Pessoal tem por atribuição cuidar de todo o processo de integração do indivíduo na empresa, dentro dos critérios administrativos e jurídicos. Tem início na busca do profissional no mercado de trabalho, adequar nas funções do cargo e efetuar o registro de acordo com as conformidades da legislação do trabalho.
O setor de Compensação de Pessoal tem por atribuição cuidar de todo processo de controle de freqüência, pagamento de salários e benefícios, bem como de pagamentos de taxas, impostos e contribuições. A partir da integração dos empregados na empresa, tem início no controle do fluxo de freqüência ao trabalho, elaboração da folha de pagamento, controle de benefícios e finaliza em cálculos de tributos.
O Setor de Desligamento de Pessoal tem por atribuição cuidar de todo processo de desligamento e quitação do contrato de trabalho, estendendo-se na representação da empresa junto aos órgãos oficiais (DRT, Sindicato, Justiça do Trabalho, etc.) e cuidar de toda rotina de fiscalização. Tem início a partir do desligamento do empregado e termina quando da sua efetiva quitação do contrato de trabalho.
Assim, podemos organizar da seguinte maneira:
DEPARTAMENTO PESSOAL
* SETOR DE ADMISSÃO
Atribuições:
- Recrutamento e Seleção
- Integração
- Registro
*SETOR DE COMPENSAÇÃO
Atribuições:
- Jornada de Trabalho
- Folha de Pagamento
- Benefícios
- Tributação
*SETOR DE DESLIGAMENTO
Atribuições:
- Rescisão do contrato de Trabalho
- Justiça do Trabalho
- Fiscalização
Fontes: sato.adm;
Wikipédia

terça-feira, 25 de dezembro de 2007

Recursos Humanos

Na gestão organizacional, é chamado recursos humanos o conjunto dos empregados ou dos colaboradores dessa "organização". A Gestão de Recursos Humanos freqüente é atribuída à função que ocupa para adquirir, desenvolver, usar e reter os colaboradores da organização. Estas tarefas podem ser realizadas por uma pessoa ou um departamento (profissionais em recursos humanos) junto dos diretores da organização.
O objetivo básico que persegue a função de Recursos Humanos (RH) com estas tarefas é alinhar as políticas de RH com a "estratégia" da organização, que reservará para implantar a estratégia através dos trabalhadores.
Durante muito tempo ficou associada à forma coerciva como organização tratava os seus trabalhadores. Depois de algum tempo adquiriu o nome de Gestão de pessoal e só depois gestão de recursos humanos (GRH). Esta última designação foi a mais popular e melhor aceita, isto porque trouxe uma lufada de ar fresco, mais flexibilidade e, acima de tudo, começou a preocupar-se com os trabalhadores, a dar importância e reconhecer o mérito do talento humano de cada organização.
Linguagem corporal
A linguagem corporal corresponde a todos os movimentos gestuais e de postura que fazem com que a comunicação seja mais efetiva. A gesticulação foi a primeira forma de comunicação. Com o aparecimento da palavra falada os gestos foram tornando-se secundários, contudo eles constituem o complemento da expressão, devendo ser coerentes com o conteúdo da mensagem.
Entendendo a linguagem corporal
A linguagem corporal não é única e numerável, ou seja, a linguagem corporal é definida por nível cultural, classe social e cultura local ou nacional de determinado país, sofrendo influênciais culturais e sociais externas.
A base da leitura corporal é o domínio de traços comportamentais e psicológicos, a expressão corporal é fortemente ligada ao psicológico, traços comportamentais são secundários e auxiliares, visíveis em movimentos auxiliados pelo poder da palavra ou não, geralmente a linguagem corporal está ligada ao interesse pessoal ligado à intenção, pretensão, ação negativa ou não oculta onde o individuo voluntariamente ou não usa da linguagem corporal para auxiliar sua comunicação ou dificulta-la, induzir ao erro ou não seu ouvinte usando o poder da palavra auxiliada pela linguagem do corporal, muitas vezes a linguagem corporal é usada individualmente sem auxilio do poder da palavra e involuntariamente.

* Nível cultural: O nível cultural influência em três fatores predominantes, postura física, movimento físico, senso de espaço onde o nível cultural torna mais suave ou não influenciado pelo nível cultural físico (local) ou pelo nível cultural comportamental e psicológico (pessoal ou influenciado por uma segunda ou terceira pessoa).
* Classe social: A classe social influência em quatro fatores predominantes, valores financeiros, exibicionismo, vaidade pessoal, autoconfiança, a classe social limita ou acentua fatores chaves que podem inibir ou não a linguagem corporal em um individuo por intimidação por seu nível social, a linguagem corporal é influenciada diretamente pelo nível social onde costumes e cultura manipulam ou torna a linguagem corporal gerenciável de controle pessoal ou não.
* Cultura local ou nacional: A cultura local ou nacional influência uma pessoa em sua linguagem corporal voluntariamente ou involuntariamente, principalmente em movimentos típicos de uma região em especial, muitos movimentos listados em sinais de linguagem corporal que indicam a presença de informações falsas como levar a mão a boca, os orientais em geral possuem uma tendência em levar a mão á boca em diversas ocasiões em uma comunicação, descartando uma leitura corporal conhecida e aplicada em diversos países, dominar fatores culturais, sociais, comportamentais e psicológicos criam uma sólida base para a leitura corporal.
A leitura corporal é valida em movimentos involuntários, ou seja, aqueles movimentos onde não foram intencionais, porém sofrendo pressão cultural, sociais, comportamentais e psicológicos por um ambiente ou presença física de uma segunda pessoa, ou várias pessoas.
Contrariando o raciocínio lógico, a leitura corporal é uma ferramenta de comunicação poderosa equivalente ao poder da palavra, onde cria uma ligação com as informações ocultas psicologicamente ou intencionalmente, porém devemos levar em consideração o estado emocional, ele preserva as informações verdadeiras em um sincronismo com a linguagem corporal, fato raro em ambientes de entrevistas, conquistas, estas abordagens são planejadas e raramente foge ao controle a linguagem corporal, provocando uma indução a linguagem corporal, típicas em entrevistas, estas induções são objetivamente com objetos que estão prontos para sugestão de uso, canetas, copos, cadeiras, cinzeiros, cigarros, entre tantos outros que induzem a linguagem corporal, recursos utilizados onde a pessoa tem consciência que está sofrendo leitura corporal.
Para entender a leitura corporal de forma ampla, muitas pessoas que dominam a técnica recomendam aos estudiosos um convívio social-visual variado em classes sociais, evitando tornar-se homogêneo ao ambiente e tendências sociais (não migrar de uma classe social para a outra e sim, representar sua classe social, terá muito mais oportunidade de aprender de forma correta), buscando observar e não participar de forma efetiva e clara.
A leitura corporal é mais acentuada no sexo feminino por possuir um nível de vaidade elevado ao masculino. O sexo masculino busca ser o receptor da linguagem corporal e o sexo feminino busca ser o emissor da linguagem corporal, este comportamento é mais intenso na vida social e inibido na vida profissional, onde o ambiente traça regras comportamentais e psicológicas limitando a linguagem corporal involuntária, limitando o ambiente a postura cultural e profissional, eliminando a vaidade pessoal, podemos entender este comportamento como conhecimento cultural onde cristaliza as falhas comportamentais. Dificultando a leitura corporal.
A leitura corporal é umas das opções mais eficaz em entrevistas, pré-entrevistas, avaliação pessoal, ligada diretamente a dois pontos predominante, a conquista, a avaliação, buscando traçar objetivos comportamentais e psicológicos para executar uma boa escolha entre candidatos, porém devemos ter como relevância o fator julgamento, onde o prejulgamento é descartado como forma de decisão final e o julgamento é substituído pela leitura corporal onde oferece resultados satisfatórios em um primeiro contato, a leitura corporal é usada em situações criticas ou arriscadas onde as decisões sofrem fortes influências da falta de informação.
Muitos especialistas definem a leitura corporal como a linguagem esquecida que busca uma comunicação com alguém que não conhecemos, mas nos avalia, nos conquista, que sempre resulta em duas fases; “eu te mo” ou “você está contratado”.

A Linguagem corporal durante uma conversa ou entrevista de emprego
Abaixo os cinco indícios mais comuns de que uma pessoa está mentindo. Eles não são infalíveis, mas se detectados indicam que você deve ficar atento durante a entrevista.
1. Escondendo a boca – este é um dos gestos que os adultos trazem da infância quando se trata de mentira. A mão cobre a boca, e o dedão pressiona a bochecha. Podem ser apenas alguns poucos dedos sobre a boca, ou até mesmo o pulso. Aparentemente o cérebro, subconscientemente está tentando esconder a mentira. Muitas pessoas tentam disfarçar o ato de esconder a boca uma tosse. Se a pessoa cobre a boca enquanto você está falando, pode indicar que ela acha que você está mentindo.
2. Coçar o nariz – em essência, o toque no nariz é uma versão sofisticada do ato de esconder a boca. Podem ser várias coçadas rápidas logo abaixo do nariz ou um rápido e quase imperceptível toque. Uma explicação para este movimento é que a mão está se movendo em direção á boca, e uma tentativa de ser menos óbvio faz com que ela seja puxada do nariz para a boca. Lembre-se que isso ocorre em um nível subconsciente. Se a pessoa tem mesmo uma coceira no nariz, ela irá, normalmente e deliberadamente coçar ou azunhar e não apenas fazer um toque rápido. Tal como o ato de esconder a boca, se isso acontecer quando você está falando a pessoa com quem você está falando está achando que você está mentindo.
3. Esfregar o olho – este gesto tenta bloquear a mentira que a pessoa vê, ou para evitar ter de olhar no olho da pessoa para quem está mentindo. Homens normalmente esfregam os olhos de maneira vigorosa ou, se a mentira é grande, eles desviam o olhar. As mulheres geralmente passam o dedo gentilmente sob a pálpebra (para não borrar a maquilagem). Lembre-se, mentirosos não olha nos olhos quando mentem. Eles gentilmente desviam o olhar instantes antes de mentir, ou fixam o foco atrás de você (a pessoa está olhando para você, mas o olhar parece perdido).
4. Azunhar o pescoço - com o dedo indicador da mão com que a pessoa escreve logo abaixo do lóbulo da orelha. Geralmente serão alguns poucos arranhões rápidos. Este é muito provavelmente um gesto de dúvida ou incerteza, característico de pessoas que pensam, “eu não estou certo disso”. Ele geralmente vem acompanhando uma contradição á linguagem verbal, como quando a pessoa diz: “eu entendo o que você está sentindo” enquanto azunha o pescoço.
5. Esfregar a orelha – esta é a versão adulta do gesto em que a criança tampa os dois ouvidos com as mãos para não escutar nada. Esse movimento inclui esfregar a parte detrás da orelha, puxar o seu lóbulo, ou até mesmo dobrá-la. Se o seu interlocutor fizer qualquer destas enquanto fala, é uma indicação de mentira. O último sinal, se usado enquanto você fala, quer dizer que ele não apenas acha que você está mentindo, como ele considera ter atingido o limite.

Os sinais da mentira
O mentiroso, por melhor que seja, tende a apresentar determinadas atitudes que acabam por denunciá-lo. Entre elas, está:
- Desviar os olhos quando perguntado sobre assuntos delicados.
- Piscar os olhos com maior freqüência.
- Piscar rapidamente quando a conversa declina para um tópico comprometedor.
- Inclinar-se para trás.
- Responder não e balançar a cabeça afirmativamente, mesmo que de leve.
- Respirar em pequenas e rápidas golfadas e entremeá-las com suspiros longos e profundos.
- Evitar apontar o dedo ou enfatizar as palavras com movimentos amplos dos braços.
- Ao narrar uma história, fazer pontes de textos, que consistem em acelerações artificiais da seqüência dos fatos.
- Pedir que o interlocutor repita a pergunta, com intuito de ganhar mais tempo na elaboração de uma resposta.
- Não falar mal de si, mesmo em assuntos que não tem nada a ver com a mentira.
Outros indicadores da mentira:
- Mudanças no tom de voz.
- Mudança na velocidade da fala.
- Travas no diálogo com o uso excessivo de pausas e comentários como “hmmm”, “hã” ou “você sabe”, ou ainda limpar a garganta. Virar o corpo para longe de você, mesmo que levemente. De repente começar a mostrar a parte branca dos olhos acima ou abaixo das pupilas, não apenas dos lados.
- Movimentos nervosos com os pés ou pernas.
- Brincar com as próprias roupas, como arrancar linhas soltas ou alisar dobras.
- Discrepâncias entre o que se diz a a linguagem corporal, por exemplo, dizer “não” e balançar a cabeça para frente e para trás (como se tivesse dizendo sim).
- As pupilas de quem esta mentindo podem dilatar.
- Quando alguém está mentindo, sorri menos que o habitual.
- Também costuma a encolher mais os ombros.
- Engolir em seco.
- Esfregar as sobrancelhas.
- Cruzar e descruzar as pernas.
- Brincar com os cabelos.
- Suor escorrendo da sobrancelha, caso não seja um dia quente.
- Dizer “não” com muita freqüência.
- Negação continua de algum tipo de acusação.
- Ser extremamente defensivo.
- Prover mais informações e especificidades do que o a pergunta requeria.
- Inconsistências no que está dizendo.
- Satisfação, mas de maneira ofensiva.
- Procurar usar uma barreira entre si e o interlocutor, tal como uma cadeira ou uma mesa. Calma incomum.
- Evitar tocar a esposa durante conversações.
- Ficar hesitante, caso não o seja habitualmente.
- Ficar em uma posição excessivamente relaxada, largada.
- Excesso de rigidez e aumento de tiques nervosos.
- Movimentos pouco naturais ou limitados das mãos e dos braços.
- Elevar os ombros em sinal de descaso.
- Não apontar.
- Flutuações pouco usuais na forma de falar, na escolha das palavras e na estrutura das sentenças.
- Não usar pronomes enquanto fala.
Detectando a verdade:
Durante a história, a palma aberta tem sido associada com honestidade, compromisso com a verdade e submissão, tanto é que quando se faz o juramento à bandeira usa-se a palma aberta. Como evidencia de que a pessoa está cotando a verdade, olhe para suas mãos, mentirosos geralmente escondem a palma das mãos, logo se você quer enfatizar que está dizendo a verdade, use vários movimentos com a palma das mãos à mostra.
Linguagem corporal na paquera:
Pouca gente sabe, mas o corpo é um grande aliado na hora da paquera. Inconscientemente, ele emite sinais que indicam as chances de conquista durante o ritual de sedução. Confira alguns dos gestos e movimentos e o que eles querem dizer:

* Sinais de "quero chamar a atenção":
- Estufar o peito.
- Gesticular exageradamente.
- Balançar o corpo.
- Rir muito e alto.
- Deixar objetos de valor a mostra.

* Sinais de "estou interessado por você":
- Olhar por mais de três segundos.
- Sorrir, mostrando ou não os dentes.
- Jogar a cabeça para trás, geralmente quando sorri.
- Ajeitar os cabelos.
- Inclinar o corpo em direção a pessoa.

* Sinais de "sinto atração por você":
- Não deixar que a distância entre os corpos seja superior a 1 metro.
- Não permitir que os intervalos de silêncio ultrapassem mais de 3 segundos.
- Permitir que seja tocado nos braços e nos ombros várias vezes e retribuir.
- Imitar os gestos da pessoa.
- Não desviar o olhar.
Referências Bibliográficas
* CHIAVENATO, Idalberto. Gestão de pessoas. O novo papel dos recursos humanos nas organizações. Rio de Janeiro: Campus, 1999.
* GOMES-MEJLA, L. et al. Managing Human Resources. Englewood Cliffs: Prentice-Hall, 1995.

Fonte: wikipédia

sábado, 22 de dezembro de 2007

Rio Grande do Sul premia mulheres empreendedoras

Visão empreendedora, criatividade, persistência e capacidade de superar desafios foram qualidades que o Prêmio Sebrae Mulher de Negócios reconheceu no trabalho desenvolvido pela empresária do setor de confecções Maria Elena Marchi Juchen (categoria individual), de São Luiz Gonzaga (RS), e da artesã Vanilda Valene da Silva, da Associação dos Artesãos de Taquari (categoria coletiva).
As empreendedoras venceram a etapa estadual da premiação e foram agraciadas no dia 10 de dezembro, em Porto Alegre (RS). Elas partem agora para a etapa regional do prêmio, a ser realizada no dia 1° de fevereiro do próximo ano, juntamente com representantes dos estados de Santa Catarina e Paraná. Em março, será realizada a terceira e última etapa da disputa, em Brasília. Este ano, o Rio Grande do Sul teve 126 candidatas inscritas ao prêmio. Em todo o País, este número superou a casa dos 2,1 mil.
Lançada em outubro de 2004, a ação é desenvolvida pelo Sebrae, em parceria com a Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres e a Federação das Associações de Mulheres de Negócios e Profissionais do Brasil (BPW Brasil), com apoio da Fundação Nacional da Qualidade (FNQ). O objetivo do prêmio é dar maior visibilidade às histórias de sucesso das mulheres empreendedoras de todo o Brasil por meio do reconhecimento e do incentivo de suas ações.São escolhidas duas mulheres de cada região brasileira, uma na categoria individual e outra na coletiva. Os prêmios oferecidos na etapa estadual são cursos do Sebrae e, na etapa regional, participação na programação do evento de entrega do prêmio, viagem a Brasília com todas as despesas pagas, presença em palestras e outras atividades. Na etapa nacional, as vencedoras participarão de um evento nacional de capacitação. Um prêmio extra ainda prevê uma visita técnica internacional a um centro de referência em empreendedorismo.De acordo com a gestora do Prêmio Sebrae Mulher de Negócios no Sebrae no Rio Grande do Sul, Roséli Martins da Rosa, a banca examinadora da etapa estadual analisou os trabalhos inscritos com base nos seguintes critérios:
* Liderança e constância de propósito;
* Persistência e capacidade de superar desafios;
* Superação do preconceito de gênero;
* Criatividade na ação;
* Diversidade, responsabilidade social e sustentabilidade;
* Atitudes e crenças; motivação e formação de novas empreendedoras;
* Aceitação de riscos e resultados.
“É um prêmio recente, mas muito importante, que reconhece e estimula o trabalho realizado pelas empreendedoras. Vamos torcer agora para que as representantes do Rio Grande do Sul sejam vencedoras também na etapa regional”, destaca Roséli.Segundo a empresária Maria Elena Marchi Juchen, dona da empresa Decorpore Moda Fitness, de São Luiz Gonzaga, vencedora da categoria Proprietária de Micro e Pequenas Empresas, o estabelecimento, com cerca de três anos e meio de atuação, conseguiu consolidar seu trabalho como fornecedor de peças de roupas esportivas, de ginástica e de praia em um nicho até então pouco explorado no mercado local. Ela acredita que o prêmio, além de um reconhecimento, é ao mesmo tempo, um estímulo para que a empresa siga fomentando novos mercados e oportunidades de negócios.“A visão empreendedora é um fator que nos permite ampliar nossa atuação. Hoje, por exemplo, atingimos grandes feitos, como o atendimento a clientes de Santa Catarina e Paraná com produtos de marca registrada própria e portal na internet”, destaca.Vencedora da categoria Membros de Grupos de Produção Formais, Vanilda Valene da Silva é uma das artesãs da Associação dos Artesãos de Taquari. Constituído em 17 de junho de 2003, o grupo tornou-se a primeira organização formal do setor no município. A associação atua na criação de oportunidades de negócios e no oferecimento de cursos para seus sócios, integrando-os e aperfeiçoando-os, contribuindo assim, para o desenvolvimento local.
Graças à organização dos artesãos, ao apoio da Prefeitura Municipal e do governo federal, foi possível realizar o projeto de construção da Casa do Artesão, espaço para a exposição e comercialização permanente dos trabalhos. Com apenas quatro anos de existência, o local é reconhecido como referência do artesanato personalizado e de qualidade em toda a região.
Fonte: Administradores

Marcadores:

quinta-feira, 20 de dezembro de 2007

Marketing

Marketing tem muitas definições técnicas e até tentativas de tradução para o português como "Mercadologia" (RICHERS, 1986) ou "Mercância" (GRACIOSO, 1971). Seguem algumas consideradas mais significativas:


* Marketing é uma função organizacional e um conjunto de processos que envolvem a criação, a comunicação e a entrega de valor para os clientes, bem como a administração do relacionamento com eles, de modo que beneficie a organização e seu público interessado. (AMA - American Marketing Association - Nova definição de 2005).
* Marketing é um processo social por meio do qual pessoas e grupos de pessoas obtêm aquilo de que necessitam e o que desejam com a criação, oferta e livre negociação de produtos e serviços de valor com outros (KOTLER e KELLER, 2006).
* Marketing é a entrega de satisfação para o cliente em forma de benefício (KOTLER e ARMSTRONG, 1999).
* Marketing são as atividades sistemáticas de uma organização humana voltadas à busca e realização de trocas para com o seu meio ambiente, visando benefícios específicos (RICHERS, 1986).
* Marketing é o conjunto de operações que envolvem a vida do produto, desde a planificação de sua produção até o momento em que é adquirido pelo consumidor (Dicionário Michaelis).
* Marketing é o conjunto de estratégias e ações que provêem o desenvolvimento, o lançamento e a sustentação de um produto ou serviço no mercado consumidor (Dicionário Novo Aurélio).
* Marketing se observada de forma pragmática, a palavra assume sua tradução literal: Mercado. Pode-se, então, afirmar que Marketing é o estudo do mercado. É uma ferramenta administrativa que possibilita a observação de tendências e a criação de novas oportunidades de consumo visando a satisfação do cliente e respondendo aos objetivos financeiros e mercadológicos das empresas de produção ou prestação de serviços (FRAGA, Robson, 2006).

Conceito

O conceito contemporâneo de Marketing engloba a construção de um satisfatório relacionamento a longo prazo do tipo ganha-ganha no qual indivíduos e grupos obtêm aquilo que desejam e necessitam. O marketing se originou para atender as necessidades de mercado, mas não está limitado aos bens de consumo. É também amplamente usado para "vender" idéias e programas sociais. Técnicas de marketing são aplicadas em todos os sistemas políticos e em muitos aspectos da vida.

História do marketing

Origens
Apesar de encontrarmos suas raízes ao longo da história da humanidade, na própria gênese do comércio, o marketing é um campo de estudo novo se comparado com os demais campos do saber. O estudo do mercado surgiu da necessidade dos industriais de administrar a nova realidade oriunda da Revolução Industrial que causou uma transformação de um mercado de vendedores para um mercado de compradores. Neste estágio o marketing ainda é inseparável da economia e da administração clássica, pois inicialmente sua preocupação era puramente de logística e produtividade, para a maximização dos lucros. Os consumidores não tinham qualquer poder de barganha e a concorrência era praticamente inexistente.
Tal realidade manteve-se inalterada até fins da Segunda Guerra Mundial quando, então, reagindo ao crescimento da concorrência, mercadólogos começaram a teorizar sobre como atrair e lidar com seus consumidores. Surgiu então a cultura de vender a qualquer preço. P.T. Barnum, autor de `The Science of Getting Rich` e `The Art of Money Getting` foi um ícone deste período, cheio de truques que faziam da arte de vender quase num espetáculo de charlatanice e que faz com que até hoje os profissionais do mercado sejam vistos com desconfiança. Outros autores da época são W.D. Scott, autor de The Psychology of Advertising, e H.L Hollingworth que escreveu Advertising and Selling. As técnicas existentes baseavam-se mais na intuição do que na prática. Eram técnicas ingênuas e/ou maliciosas que estavam misturadas a ferramentas eficientes. Lenda e fato se misturavam, mas o mercado não dava muito ouvido à academia.

Precursores
Nos anos 40, os primeiros estudos sobre o marketing vieram com trabalhos como o de Walter Scott, sobre a aplicação da psicologia na propaganda e o de William J. Reilly sobre as Leis de gravitação do varejo. A questão crucial era se as teorias de mercado podiam ou não se desenvolver. Autores como Roland Vaile e outros afirmavam que nunca seria possível desenvolver uma teoria mercadológica genuína, pois consideravam esta extremamente subjetiva, quase uma forma de arte. Por outro lado, Bartels e outros começavam a admitir que existia uma potencialidade para a teoria mercadológica se tornar uma ciência. Em 1954, pelas mãos de Peter Drucker ao lançar seu livro “A Prática da Administração”, o marketing é colocado como uma força poderosa a ser considerada pelos administradores.

Filosofias de Administração de Marketing
Na maior parte das empresas, o marketing ocupava, há 50 anos, apenas um lugar modesto no organograma, o de um serviço comercial, composto por alguns vendedores e empregados e muitas vezes estava subordinado ao diretor de produção ou diretor administrativo, mas aos poucos, essa função foi-se alargando progressivamente e colocada no mesmo plano das outras direções de produção, financeira e de recursos humanos. Atualmente, pode-se ver a mesma empresa praticando diferentes filosofias de marketing ao redor do mundo e ver empresas usando filosofias diferentes do marketing em um mesmo mercado: orientação para produção, produto, venda, cliente e sociedade, podendo-se identificar na evolução do marketing as seguintes filosofias para sua administração.
* Orientação para Produção: A grande questão, para as empresas, era produzir e não vender. O papel do marketing é, essencialmente, entregar produtos em locais onde possam ser comprados.
* Orientação para Produto: Considera que os consumidores preferem os produtos de melhor qualidade, desempenho e aspectos inovadores. Portanto as organizações deveriam esforçar-se para aprimorar seus produtos permanentemente.
* Orientação para Vendas: A orientação para venda significa que o propósito da empresa é satisfazer o desejo do cliente para que ele possa voltar e comprar mais vezes na sua loja ou em qualquer outro comercio que trabalhe.Com isso o cliente fará o marketing da empresa,aumentando os seus clientes.
* Orientação para o Cliente: A função principal da empresa não é mais produzir e vender, mas satisfazer à clientela, consultando-a antes de produzir qualquer coisa, via estudos de mercado e com base nessa consulta, caso seja favorável, oferecer-lhe produtos/serviços/idéias de qualidade e valor, para que os consumidores voltem a comprar e a falar bem da empresa e de seus produtos.
* Orientação para o Marketing Socialmente Responsável ou Marketing Societal: Sustenta que a organização deve determinar as necessidades, desejos e interesses do mercado-alvo e então proporcionar aos clientes um valor superior de forma a manter ou melhorar o bem-estar do cliente e da sociedade.
* Orientação para o Marketing Holístico: Nesta abordagem a empresa deve tentar compreender e administrar toda a compĺexidade envolvida na gestão de marketing de uma empresa.

Década de 1950
Os primeiros passos para a difusão do Marketing foram dados por Peter Drucker, ainda que implicitamente, em 1954, com o lançamento do livro "A Prática da Administração". Não se tratava propriamente de um estudo detalhado sobre Marketing, mas foi o primeiro registro escrito que cita esta ferramenta como uma força poderosa a ser considerada por administradores focados no mercado.

Década de 1960
A primeira grande mudança neste cenário veio em 1960 por Theodore Levitt, mais tarde intitulado o pai do marketing, professor da Harvard Business School. Seu artigo na revista Harvard Business Review intitulado "Miopia de Marketing", revelou uma série de erros de percepções, mostrou a importância da satisfação dos clientes e transformou para sempre o mundo dos negócios. O vender a qualquer custo deu lugar à satisfação garantida. Não é à toa que assistiu-se logo após este período um renascimento das marcas como Coca-Cola, Sears, Marlboro, etc..
O mundo do marketing começou a borbulhar, artigos científicos foram escritos, pesquisas feitas e dados estatisticamente relevantes traçados. Separou-se as estratégias eficientes dos achismos e viu-se a necessidade de um estudo sério do mercado. Este conhecimento adquirido ficou espalhado, difuso, muitas vezes restrito ao mundo acadêmico. Em 1967, Philip Kotler, lança a primeira edição de seu livro "Administração de Marketing", onde pôs-se a reunir, revisar, testar e consolidar as bases daquilo que até hoje formam o cânone do marketing.

Década de 1970
Nos anos 70 destacou-se o fato de surgirem departamentos e diretorias de marketing em todas as grandes empresas. Não se tratava mais de uma boa ideia, mas de uma necessidade de sobrevivência. É nesta época que se multiplicam os supermercados, shoppings centers e franchises. De fato, a contribuição do marketing é tão notória no meio empresarial, que passa rapidamente a ser adotada em outros setores da atividade humana. O governo, organizações civis, entidades religiosas e partidos políticos passaram a valer-se das estratégias de marketing adaptando-as às suas realidades e necessidades.

Década de 1980
Em 1982, o livro "Em Busca da Excelência", de Tom Peters e Bob Waterman inaugurou a era dos gurus de marketing. Num golpe de sorte editorial, produziram o livro de marketing mais vendido de todos os tempos, ao focarem completamente sua atenção para o cliente. O fenômeno dos gurus levou o marketing às massas, e portanto as pequenas e médias empresas, e a todo o tipo de profissional. Talvez por isso, e também por uma necessidade mercadológica o marketing passou a ser uma preocupação direta da alta direção de todas as mega-corporações, não estando mais restrita a uma diretoria ou departamento.
O fênomeno dos gurus entretanto é responsável pelo posterior descuido com o rigor da investigação científica e uma tendência a modismos. Nesta época floresceram diversos autores que logo caíram no anonimato e outros como Al Ries por definir o conceito de posicionamento, Jay Conrad Levinson por conceituar o marketing de guerrilha e Masaaki Imai pai do Kaizen que ganharam reconhecimento no mundo dos negócios e reputação por suas idéias e abordagens originais.

Década de 1990
Assim como fez em muitos outros setores, o avanço tecnológico dos anos 90 teve um forte impacto no mundo do marketing. O comércio eletrônico foi uma revolução na logística, distribuição e formas de pagamento. O CRM (Customer Relationship Management) e o serviços de atendimento ao consumidor, entre outras inovações, tornaram possível uma gestão de relacionamento com os clientes em larga escala. E como se isso não fosse o suficiente a Internet chegou como uma nova via de comunicação. É a época do maximarketing de Stan Rapp, do maketing 1 to 1, da Peppers & Rogers Group, do aftermarketing de Terry G. Vavra e do marketing direto de Bob Stone ou seja, caracterizou-se por uma constante busca pela personalização em massa.
Outra tendência do período foi o fortalecimento do conceito de marketing societal no qual tornou-se uma exigência de mercado haver uma preocupação com o bem-estar da sociedade. A satisfação do consumidor e a opinião pública, passou a estar diretamente ligada a participação das organizações em causas sociais, e a responsabilidade social transformou-se numa vantagem competitiva.

Década de 2000
A virada do milênio assistiu a segmentação da televisão a cabo, a popularidade da telefonia celular e a democratização dos meios de comunicação especialmente via Internet. A World Wide Web já estava madura o suficiente e nos primeiros anos desta década surgiram uma infinidade de pesquisas e publicações sobre webmarketing e comércio eletrônico. Isso revolucionou tanto a logística como a oferta de produtos, e o cliente passou a ter informações e poder de barganha nunca antes vistos. Era de se esperar que isso influenciasse a maneira com a qual os consumidores interagiam com as empresas e entre si. A mídia espontânea, conseguida por esforços de Assessoria de imprensa, Relações Públicas, Marketing Social, começam a tomar o espaço da propaganda tradicional. O nascimento do marketing de permissão, de Seth Godin, a conceitualização do marketing boca-a-boca por George Silverman e a explosão do buzzmarketing e do marketing viral, por autores como Russell Goldsmith e Mark Hughes e o amadurecimento do crossmedua e dos ARGS's ( Alternative Reality Games) também são consequências deste fato que influenciaram tanto o marketing como a comunicação.

Segmentação do mercado-alvo

As primeiras coisas a serem definidas em qualquer planejamento de marketing é quem são seus consumidores e qual exatamente é seu mercado-alvo. Por maior e mais poderosa que seja, nenhuma empresa pode fazer um bom trabalho em todos os mercados e satisfazer todas as suas necessidades. Segmentar o mercado é dividi-lo em grupos com características e interesses semelhantes. É imperativo encontrar um segmento de mercado onde estão os clientes em potencial com necessidades similares àquelas que a empresa deseja e pode atender.
Um segmento de mercado é o resultado desta divisão de um mercado em pequenos grupos. Este processo é derivado do reconhecimento de que o mercado total é freqüentemente feito de grupos com necessidades específicas. Em função das semelhanças dos consumidores que compõem cada segmento, eles tendem a responder de forma similar a uma determinada estratégia de marketing. Isto é, tendem a ter sentimentos, percepções e comportamento semelhantes.

Criação de valor

Uma oferta de marketing só alcançará êxito se proporcionar valor ao seu mercado-alvo. O cliente recebe benefícios e assume custos, por isso definimos valor como a razão entre tudo aquilo que o cliente recebe e tudo o que sacrifica ao fechar um acordo. É muito mais complexo do que uma simples troca comercial. Os benefícios incluem benefícios funcionais e emocionais, os custos incluem custos monetários, de tempo, de energia e psicológicos.
O cliente está sempre optando entre diferentes ofertas de valor, e escolherá sempre aquela que lhe oferecer a melhor relação custo/benefício. O profíssional de marketing deve aumentar o valor da oferta para o cliente com diversas estratégias:

Variáveis Mercadológicas
A demanda no mercado também sofre influência do cenário econômico, por exemplo:
* 1º Lei de Engel: a medida em que a renda familiar aumenta, as despesas com alimentação diminuem porcentualmente.
* 2º Lei de Engel: a porcentagem gasta com habitação permanece sempre constante em relação à renda.
* 3º Lei de Engel: as porcentagens gastas em outros produtos e investimentos tendem a aumentar com o acréscimo da renda familiar.
* Lei do Poder de compra: o aumento da renda aumenta o consumo médio, mas não na proporção direta do aumento da renda.
* Leis da Renda familiar: o aumento da renda familiar provoca interesse por outros produtos de caráter supérfluo, já o aumento da família sem acréscimo de renda restringe o consumo aos produtos essenciais.
* Lei da utilidade Marginal: quanto maior a quantidade de um produto ou dinheiro que uma pessoa possuir, menores a utilidades do produtos ou dinheiro e menores as motivações para obter mais.
* Lei da oferta/demanda: quanto maior a oferta em relação a demanda, mais barato um produto se torna. Quanto menor a oferta em relação a demanda, mais caro um produto se torna.

Variáveis Psicológicas
Explicar as razões de um comportamento de compra, analisar as motivações conscientes e inconscientes é igualmente importante para o mercadólogo. As teorias do processo decisório são essencialmente:
Corrente Comportamentalista, baseada nos trabalhos de Pavlov e Skinner;
Corrente Maslowliana, baseada na Pirâmide de Maslow;
Corrente Webleliana, baseada nos grupos de referência de Tomas Webler;
Corrente Freudiana, baseada na psicanálise;
Estas e outras correntes, não se excluem, mas se completam. Retratam forças que levam o consumidor a compra, como hábitos, motivação, pressão social, etc.

Variáveis Controláveis
Recursos de Marketing: Produto, Preço, Promoção e Distribuição.
Recursos da Empresa: Finanças, Pessoal, Imagem pública, Patentes, Produção e Local.

Variáveis Incontroláveis
* Economia/Demanda;

* Político/Legal;

* Social/Ético;

* Estrutura de distribuição;

* Tecnologia;

* Competição.

Mercado e Valor
O mercado é ainda, como um todo, uma sociedade de massa, de modo que o estudo da Psicologia das Massas também é relevante. Segundo William McDougall, as massas se comportam como um animal selvagem.
* Aumento de benefícios.
* Redução de custos.
* Aumento de benefícios e redução de custos.
* Aumento de benefícios em proporção maior do que o aumento de custos.
* Redução de benefícios em proporção menor do que redução de custos.
Outra forma de aumentar a proposta de valor é mostrar ao consumidor que se leva mais qualquer coisa além do produto adquirido, concretizemos esta idéia com o caso de marketing pessoal de David Beckham. A imagem com que o jogador do Real Madrid aparece, vende, quer seja o penteado ou os brincos que usa. Quem consome as réplicas das camisolas com que ele joga, ou quem compra uns brincos iguais aos dele, ou até mesmo que use o mesmo corte de cabelo, acaba por ter uma satisfação acrescida, além do produto físico.
Estima-se que o custo de atrair um novo consumidor é cinco vezes o custo de manter um consumidor fiel. Assim, uma das principais tarefas do marketing é manter seus consumidores satisfeitos. A satisfação do mercado-alvo depende diretamente do desempenho da oferta em relação as expectativas dos clientes. A expectativa por sua vez é construída a partir de experiências anteriores dos consumidores e da reputação, promessas e informações fornecidas pela empresa.
O cliente ficará satisfeito se o desempenho alcançar suas expectativas, e insatisfeito se não alcançar. Se o desempenho for além e superar as expectativas, o cliente então ficará altamente satisfeito ou encantado. Um cliente encantado, vale dez vezes mais para a empresa do que um cliente satisfeito, isso porque os altamente satisfeitos são muito menos propensos a mudar para a concorrência quando parece surgir oferta melhor. Os diferentes aspectos que contribuem na gestão desta satisfação podem ser contemplados pelo composto mercadológico

Composto mercadológico

O composto mercadológico, composto de marketing, marketing mix ou simplesmente 4Ps (quatro pês) foi formulado primeiramente por Jerome McCarthy em seu livro Basic Marketing (1960) e trata do conjunto de pontos de interesse para os quais as organizações devem estar atentas se desejam perseguir seus objetivos de marketing. O composto é dividido em 4 secções, as quais são:

* Produto do inglês product.
* Preço do inglês price.
* Local do inglês place.
* Promoção do inglês promotion.

Marketing mix

* Composto de marketing
O composto mercadológico foi formulado primeiramente por Jerome McCarthy em seu livro Basic Marketing (1960) e trata do conjunto de pontos de interesse para os quais as organizações devem estar atentas se desejam perseguir seus objetivos de marketing. O composto é dividido em 4 secções frequentemente chamadas dos "quatro pês". Elas são: Produto, Preço, praça, promoção.

* Produto
Do inglês product. A gestão de produto lida com especificações do bem (ou serviço) em questão e as formas como ele se relaciona com as necessidades que o seu utilizador tem. Sendo assim, o responsável por essa área deve cuidar do design, da embalagem do produto, do peso, da marca, das cores, das quantidades por caixa, do empilhamento máximo, etc. Para que o cliente sinta que o "nosso" Produto seja a melhor solução.

* Preço
Do inglês price. Processo de definição de um preço para o produto, incluindo descontos e financiamentos, tendo em vista o impacto não apenas econômico, mas também psicológico de uma precificação. O responsável por essa área deve cuidar da lista de preços e passa-lás aos vendedores os descontos por quantidades adquiridas e, principalmente, se o preço será competitivo diante da concorrência. Para o cliente o "nosso" Preço deve oferecer a melhor relação entre custo e benefício.

* Distribuição (Place)
Do inglês placement. Preocupa-se com a distribuição e refere-se aos canais através dos quais o produto chega aos clientes, inclui pontos de vendas, pronta-entrega, horários e dias de atendimento e diferentes vias de compra. Além disso, o responsável por essa área deve saber exactamente que canais de distribuição utilizará, o seu tamanho e a área geográfica que será coberta logisticamente. Para o "nosso" cliente a sua distribuição deve ir ao encontro das necessidades e maior conveniencia do mesmo. Essa variável abrange o estudo dos canais de distribuição

* Comunicação (promoção)
Do inglês promotion. Inclui a propaganda, publicidade, relações públicas, assessoria de imprensa, boca-a-boca, venda pessoal e refere-se aos diferente métodos de promoção do produto, marca ou empresa. Para seu Cliente a sua Promoção deve ser a mais agradável e presente.
Os profissionais de marketing usam estas variáveis para estabelecer um plano de marketing. Para o plano de marketing ser bem sucedido, a estratégia traçada para os quatro pês, deve refletir a melhor proposta de valor para os consumidores de um mercado-alvo bem definido. A administração de marketing é a aplicação prática deste processo.
O Marketing de serviços conta ainda com outros componentes no seu marketing mix: Pessoas, Processos e Evidências Físicas.
As estratégias são necessárias para se combinar métodos individuais, como publicidade, venda pessoal e promoção de vendas em uma campanha coordenada. Além disso, as estratégias promocionais devem ser ajustadas quando um produto se move dos estágios iniciais de vida para os finais. As decisões estratégicas também devem ser tomadas com relação a cada método individual de promoção.
Os quatro fatores do marketing mix (também chamado de mix de marketing) estão inter-relacionados; decisões em uma área afetam ações em outra. Para ilustrar, o projeto de um mix de marketing certamente é afetado pelo fato de a empresa escolher competir com base no preço ou em um ou mais fatores. Quando uma empresa depende do preço como ferramenta competitiva primária, os outros fatores devem ser desenhados para dar suporte a uma estratégia de preço agressiva. Por exemplo, a campanha promocional provavelmente será construída em torno de um tema de “preços baixos, baixos”. Em uma concorrência fora da área de preço, entretanto, as estratégias de produto, distribuição e/ou promoção vêm na frente. Por exemplo, o produto deve ter características que justifiquem um preço mais alto, e a promoção deve criar uma imagem de alta qualidade para o produto.
Cada elemento do mix de marketing contém infinitas alternativas. Por exemplo, um produtor pode fazer e colocar um ou muitos produtos no mercado, e eles podem estar relacionados entre si ou não. Os produtos podem ser distribuídos pelos atacadistas, para varejistas sem o benefício de atacadistas ou até mesmo diretamente para o consumidor final. Finalmente, das várias alternativas, a administração deve selecionar uma combinação de fatores que vão satisfazer os mercados-alvo e atingir os objetivos de marketing e da organização.

Robert Lauterborn sugeriu que os 4Ps do vendedor correspondem aos 4Cs dos clientes. ' 4Ps 4Cs: Produto Cliente(solução para), Preço Custo(para o cliente), Praça Conveniência e Promoção Comunicação.

Rentabilidade e alocação de recursos

Não basta satisfazer os consumidores, se isso não for feito de uma maneira lucrativa. A estratégia de marketing deve, portanto, identificar, atrair e manter clientes rentáveis. Ou seja, aqueles que geram um fluxo de receita que excede o fluxo de custo de se atrair, vender e serví-los. Todavia, todas as empresas perdem dinheiro com alguns de seus clientes. Em "Customers for life", Carl Seweell defende a regra 80/20, onde 20% dos principais clientes geram até 80% do lucro da empresa, metade do qual é perdido para atender a base formada por 30% de clientes não-rentáveis. A implicação é que uma organização pode ser mais rentável se souber como dispensar seus piores clientes. Existem, também, diferentes rentabilidades para cada produto ou serviço. O modelo do Boston Consulting Group, conhecido como Matriz BCG, foi pioneiro na análise estratégica da carteira de produtos relacionando a participação dos produtos no mercado e o crescimento deste mercado.

Ciclo de Vida do produto ou serviço

O ciclo de vida de um produto ou serviço indica a possibilidade do crescimento do mercado consumidor e também indica princípios de ação que podem ser seguidos no planejamento de marketing.

Teóricos de marketing de destaque:
* Peter Drucker
* Theodore Levitt
* Jerome McCarthy
* Philip Kotler
* Gary Armstrong
* Tom Peters
* Bob Waterman
* Al Ries
* Jay Conrad Levinson
* David A Aaker
* Sergio Zyman
* Stan Rapp
* Don Peppers
* Martha Rogers
* Terry G. Vavra
* Bob Stone
* Drayton Bird
* Seth Godin
* George Silverman
* Clemente Nóbrega
* Kevin Lane Keller

Referências bibliográficas:
* GRACIOSO, Francisco. Marketing, uma Experiência Brasileira. São Paulo: Cultrix, 1971.

* KOTLER, Philip e ARMSTRONG, Gary. Introdução de Marketing. São Paulo: LTC, 1999.

* KOTLER, Philip e KELLER, Kevin. Administração de Marketing - 12a Edição. São Paulo: Prentice Hall, 2006. - É um clássico sobre a gestão de marketing e um dos livros de maior sucesso na área.

* RICHERS, Raimar. O que é marketing. São Paulo: Brasiliense, 1986. - O autor participou da equipe que introduziu formalmente o conceito de marketing no Brasil (em 1954 na FGV São Paulo).

Fonte: wikipédia

segunda-feira, 10 de dezembro de 2007

O que é uma Empresa Júnior?

Uma empresa júnior é uma associação civil sem fins lucrativos e com fins educacionais formada exclusivamente por alunos do ensino superior.
As empresas juniores são criadas por alunos de graduação de uma instituição de ensino superior e deve ser sempre ligada a um ou mais cursos de graduação. A gestão de uma Empresa Júnior (EJ) é feita pelos próprios alunos. A empresa júnior não constitui em si uma pessoa jurídica específica. No Brasil as empresas juniores de forma associada tem buscado um entendimento de que a Empresa Júnior estaria mais próxima de ser uma Organização da Sociedade Civil de Interesse Público.
O objetivo primeiro das empresas juniores é promover a melhor experiência de mercado aos alunos graduandos na instituição à qual ela é vinculada. Por esse objetivo entende-se fomentar o crescimento pessoal e profissional do aluno membro, por meio do oferecimento de serviços de qualidade e a baixo custo ao mercado. Dessa forma, além de atingir seu próprio objetivo, as Empresas Juniores contribuem para o desenvolvimento do empreendedorismo em sua região. Em alta escala, o Movimento das Empresas Juniores (MEJ) contribui com uma importante parcela no desenvolvimento empresarial e econômico do país.
As Empresas Juniores se enquadram no terceiro setor da economia, pois estão enquadrados no setor privado (portanto não são do Primeiro Setor) e não têm por fim último o lucro (excluindo-se do Segundo Setor). Dessa forma, acabam por ter reduzidos custos operacionais e de tributação, podendo oferecer serviços de qualidade a um custo baixo. As Empresas Juniores atendem principalmente o mercado das micro e pequenas empresas, que costumeiramente não tem acesso a consultoria sênior e enfrentam grandes dificuldades na gestão.
A fim de garantir um excelente aprendizado, todo o trabalho executado tem o acompanhamento e a orientação de um professor da respectiva área do conhecimento, visto que esses trabalhos são prestados como consultoria a todo tipo de empresas, embora o mercado maior seja o das MPE (micro e pequenas empresas).
Ex-alunos que passaram por empresas juniores contam com diferencial de conhecer o mercado, ter experiência de trabalho, conhecer a prática empreendedora e desenvolvimento de suas habilidades empresariais.
Porque ser um Empresário Júnior ?
Num mercado de trabalho cada vez mais competitivo, é primordial que os estudantes busquem diferenciar-se cada vez antes. É uma tendência cada vez mais forte, assim como já ocorre em larga escala na Europa, que as empresas vejam a experiência em uma empresa júnior como um ótimo diferencial, demonstrando, além do aprimoramento obtido pelo trabalho júnior, a proatividade do aluno.
Uma Empresa Júnior complementa a formação acadêmica de um estudante em vários aspectos, pois proporciona a ele experiências como:
* Administração de uma empresa;
* Organização do trabalho em equipe;
* Delegação de responsabilidades;
* Participação efetiva em reuniões de trabalho;
* Negociação com clientes, patrocinadores, fornecedores e parceiros;
* Exercícios de atividades financeiras e contábeis de uma empresa;
* Decisões sobre políticas de imagem e prospecção de negócios;
* Contato direto com problemas e situações da realidade empresarial.

sexta-feira, 7 de dezembro de 2007

Empreendedorismo

Empreender: v. tr. dir. Resolver-se a praticar (alguma coisa laboriosa e dificil); pôr em execução; intr. ter apreensões, contínuas; cismar, insistir na mesma ordem de idéias.


fonte: Dicionário Brasileiro GLOBO

Empreeendedor
"O empreendedor é aquele que destrói a ordem econômica existente através da introdução de novos produtos e serviços, pela criação de novas formas de organização de novos recursos e materiais."

Joseph Schumpeter (1949)


"É aquele que faz acontecer, se antecipa aos fatos e tem uma visão futura da organização."

José Dornelas (2001)

É aquele que percebe uma oportunidade onde outros não vêem e cria meios (nova empresa, área de negócios, etc), o processo empreeendedor envolve todas as funções, ações e atividades associadas com a percepção de oportunidades e a criação de meios para persegui-las.Em qualquer definição de empreendedorismo encontra-se, pelo menos, os seguintes aspectos de:
- Inciativa para criar/inovar, paixão pelo que faz, deve contagiar os funcionários, fornecedores clientes com o seu entusiasmo;
- Utiliza os recursos disponíveis de forma criativa transformando o ambiente social e econômico onde vive;
- Assume riscos e a possibilidade de fracassar.
A abertura de um negócio não significa o fim dos problemas, nem fim das idéias. Um empreeendedor transforma idéias em oportunidades, ousa constantemente e usa a criatividade até para os detalhes.
Um empresário deve ter paixão pelo negócio, o diálogo com as pessoas que estão à sua volta é fundamental, pois estabelece laços de confiança e permite que todos assimilem a filosofia da organização.
Ser empreendedor é ser protagonista de sua própria história, é fazer a diferença. A busca contínua pela melhoria de seus serviços e produtos reflete seu espírito inquieto, desafiador, que está sempre em busca do novo, da superação de limites e de vencer desafios.
Cada empresário tem seu estilo, sua marca, sua forma de trabalhar, mas existem características comuns entre eles, que são as qualidades que os diferencia no mercado:
- Motivação e Entusiasmo:
O empreendedor acredita nos seus sonhos e busca as maneiras para torná-los realidade. Tem grande entusiasmo em suas idéias e projetos, acredita no seu potencial. Transfere essa motivação para todos que estão à sua volta.
- Iniciativa:
O empreeendedor é um inovador, está sempre à frente, "arregaça as mangas" e sai em busca de novas idéias e alternativas. Não espera que os outros resolvam seus problemas, não espera que seus concorrentes tomem atitudes mais agressivas, nem que o fracasso bata à sua porta.
- Otimismo:
Com pés no chão, o empreendedor acredita nas possibilidades do seu negócio, no seu potencial de desenvolvimento e não desanima frente aos obstáculos que apresentam.
- Espírito de Equipe:
O empreendedor acredita em seus colaboradores, delega funções, ouve sugestões, críticas e busca potencializar as qualidades de cada um.
- Persistência:
Os obstáculos nunca desanimam o verdadeiro empreendedor. Quando preciso, ele muda de estratégia para realizar seus projetos e obter êxito em seus negócios.
- Riscos Calculados:
O empreendedor sabe que não existe sucesso sem risco, mas não o faz desnecessariamente. Ele avalia as alternativas, calcula as possiblidades de cada uma e se empenha em reduzir esses riscos.
- Busca da Qualidade:
Age de maneira a fazer coisas que satisfaça, ou excedam padrões de excelência. As opiniões e as sugestões de seus clientes são sempre levadas em conta e as críticas são analisadas para a melhoria do serviço e do produto.
- Certeza de Sucesso:
O medo não é impedimento para as realizações do empreendedor. Ele acredita nos seus projetos e enfrenta todos impedimentos com ânimo e confiança.O empreendedor sabe que somente o aperfeiçoamento constante resultará no reconhecimento do seu produto no mercado.

QUAL É O CÓDIGO DE ÉTICA DO ADMINISTRADOR?

CÓDIGO DE ÉTICA PROFISSIONAL DO ADMINISTRADOR


PREÂMBULO


CAPÍTULO I------- DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
CAPÍTULO II ------DOS TRIBUNAIS DE ÉTICA DOS ADMINISTRADORES
CAPÍTULO III -----DOS DEVERES
CAPÍTULO IV ------DAS PROIBIÇÕES
CAPÍTULO V -------DOS DIREITOS
CAPÍTULO VI ------DOS HONORÁRIOS PROFISSIONAIS
CAPÍTULO VII -----DOS DEVERES ESPECIAIS EM RELAÇÃO AOS COLEGAS
CAPÍTULO VIII ----DOS DEVERES ESPECIAIS EM RELAÇAO À CLASSE
CAPÍTULO IX ------DAS INFRAÇÕES E SANÇÕES DISCIPLINARES
CAPÍTULO X -------DAS NORMAS PROCEDIMENTAIS PARA O PROCESSO ÉTICO
CAPÍTULO XI ------DISPOSIÇÕES FINAIS

CÓDIGO DE ÉTICA PROFISSIONAL DO ADMINISTRADOR



PREÂMBULO


I- De forma ampla a Ética é definida como a explicitação teórica do fundamento último do agir humano na busca do bem comum e da realização individual .

II- A busca dessa satisfação ocorre necessariamente dentro de um contexto social, onde outras tantas pessoas perseguem o mesmo objetivo, o que as torna comprometidas com a qualidade dos serviços que presta à população e com o seu aprimoramento intelectual.

III- A busca dessa satisfação individual, num contexto social específico - o trabalho - ocorre de acordo com normas de conduta profissional que orientam as relações do indivíduo com o cliente, o ambiente e as pessoas de sua relação.

IV- A busca constante da realização do bem comum e individual - que é o propósito da Ética - conduz ao desenvolvimento social, compondo um binômio inseparável.

V- No mundo organizacional, cabe ao Administrador preponderante papel de agente de desenvolvimento social.

VI- O Código de Ética Profissional do Administrador é o guia orientador e estimulador de novos comportamentos e está fundamentado num conceito de ética direcionado para o desenvolvimento, servindo simultaneamente de estímulo e parâmetro para que o Administrador amplie sua capacidade de pensar, visualize seu papel e torne sua ação mais eficaz diante da sociedade.


CAPÍTULO I
DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES


Art. 1º O exercício da profissão de Administrador implica em compromisso moral com o indivíduo, cliente, a organização e com a sociedade, impondo deveres e responsabilidades indelegáveis.

Parágrafo único. A infringência a esse preceito resulta em sanções disciplinares aplicadas pelo Conselho Regional de Administração, mediante ação do Tribunal Regional de Ética dos Administradores (TREA), cabendo recurso ao Tribunal Superior de Ética dos Administradores (TSEA), obedecidos o amplo direito de defesa e o devido processo legal, independentemente das penalidades estabelecidas nas leis do país.


CAPÍTULO II
DOS TRIBUNAIS DE ÉTICA DOS ADMINISTRADORES


Art. 2º O Conselho Federal e os Conselhos Regionais de Administração manterão o Tribunal Superior e os Tribunais Regionais, respectivamente, objetivando o resguardo e aplicação deste Código.

Art. 3º Os Conselhos Federal e Regionais de Administração funcionarão como Tribunal Superior e Tribunais Regionais de Ética, respectivamente. (*)

§ 1º O Presidente de cada Conselho, Federal ou Regional, será o Presidente do Tribunal de Ética Profissional respectivo. (*)

§ 2º O Tribunal Superior será auxiliado pelo órgão de apoio administrativo da Presidência do Conselho Federal de Administração e os Tribunais Regionais serão auxiliados pelo Setor de Fiscalização do Conselho Regional. (**)

Art. 4º Compete aos Tribunais Regionais processar e julgar as transgressões ao Código de Ética, inclusive os Conselheiros Regionais, resguardada a competência originária do Tribunal Superior, aplicando as penalidades previstas, assegurando ao infrator, sempre, amplo direito de defesa. (*)

Parágrafo único. Das decisões proferidas pelos Tribunais Regionais caberá recurso dotado de efeito suspensivo para o Tribunal Superior, num prazo de quinze dias.

Art. 5º Compete ao Tribunal Superior:

I- processar e julgar, originariamente, os Conselheiros Federais no exercício do mandato, em razão de transgressão a princípio ou norma de ética profissional; (*)

II- julgar os recursos interpostos contra decisões proferidas pelos Tribunais Regionais.


CAPÍTULO III
DOS DEVERES


Art. 6º São deveres do Administrador:

I- respeitar os princípios da livre iniciativa e da livre empresa, enfatizando a valorização das atividades da microempresa, sem desvinculá-la da macroeconomia, como forma de fortalecimento do País;

II- propugnar pelo desenvolvimento da sociedade e das organizações, subordinando a eficiência de desempenho profissional aos valores permanentes da verdade e do bem comum;

III- capacitar-se para perceber que, acima do seu compromisso com o cliente, está o interesse social, cabendo-lhe, como agente de transformação, colocar a empresa nessa perspectiva;

IV- contribuir, como cidadão e como profissional, para incessante progresso das instituições sociais e dos princípios legais que regem o País;

V- exercer a profissão com zelo, diligência e honestidade, defendendo os direitos, bens e interesse de clientes, instituições e sociedades sem abdicar de sua dignidade, prerrogativas e independência profissional;

VI- manter sigilo sobre tudo o que souber em função de sua atividade profissional;

VII- conservar independência na orientação técnica de serviços e órgãos que lhe forem confiados;

VIII- emitir opiniões, expender conceitos e sugerir medidas somente depois de estar seguro das informações que tem e da confiabilidade dos dados que obteve;

IX- utilizar-se dos benefícios da ciência e tecnologia moderna objetivando maior participação nos destinos da empresa e do País;

X- assegurar, quando investido em cargos ou funções de direção, as condições mínimas para o desempenho ético-profissional;

XI- pleitear a melhor adequação do trabalho ao ser humano, melhorando suas condições, de acordo com os mais elevados padrões de segurança;

XII- manter-se continuamente atualizado, participando de encontros de formação profissional, onde possa reciclar-se, analisar, criticar, ser criticado e emitir parecer referente à profissão;

XIII- considerar, quando na qualidade de empregado, os objetivos, a filosofia e os padrões gerais da organização, cancelando seu contrato de trabalho sempre que normas, filosofia, política e costumes ali vigentes contrariem sua consciência profissional e os princípios e regras deste Código;

XIV- colaborar com os cursos de formação profissional, orientando e instruindo os futuros profissionais;

XV- comunicar ao cliente, sempre com antecedência e por escrito, sobre as circunstâncias de interesse para seus negócios, sugerindo, tanto quanto possível, as melhores soluções e apontando alternativas;

XVI- informar e orientar ao cliente, com respeito à situação real da empresa a que serve;

XVII- renunciar ou demitir-se do posto, cargo ou emprego, se, por qualquer forma, tomar conhecimento de que o cliente manifestou desconfiança para com seu trabalho, hipótese em que deverá solicitar substituto;

XVIII- evitar declarações públicas sobre os motivos da sua renúncia, desde que do silêncio não lhe resultem prejuízo, desprestígio ou interpretação errônea quanto à sua reputação;

XIX- transferir ao seu substituto, ou a quem lhe for indicado, tudo quanto se refira ao cargo, emprego ou função de que vá se desligar;

XX- esclarecer o cliente sobre a função social da empresa e a necessidade de preservação do meio ambiente;

XXI- estimular, dentro da empresa, a utilização de técnicas modernas, objetivando o controle da qualidade e a excelência da prestação de serviços ao consumidor ou usuário;

XXII- manifestar, em tempo hábil e por escrito, a existência de seu impedimento ou incompatibilidade para o exercício da profissão, formulando, em caso de dúvida, consulta aos órgãos de classe;

XXIII- recusar cargos, empregos ou funções, quando reconhecer serem insuficientes seus recursos técnicos ou disponibilidade de tempo para bem desempenhá-los;

XXIV- divulgar conhecimentos, experiências, métodos ou sistemas que venha a criar ou elaborar, reservando os próprios direitos autorais;

XXV- citar seu número de registro no respectivo Conselho Regional após sua assinatura em documentos referentes ao exercício profissional;

XXVI- manter, em relação a outros profissionais ou profissões, cordialidade e respeito, evitando confrontos desnecessários ou comparações;

XXVII- preservar o meio ambiente e colaborar em eventos dessa natureza, independentemente das atividades que exerce;

XXVIII- informar, esclarecer e orientar os estudantes de Administração, na docência ou supervisão, quanto aos princípios e normas contidas neste Código;

XXIX- cumprir fiel e integralmente as obrigações e compromissos assumidos, relativos ao exercício profissional;

XXX- manter elevados o prestígio e a dignidade da profissão.


CAPÍTULO IV
DAS PROIBIÇÕES


Art. 7º É vedado ao Administrador:

I- anunciar-se com excesso de qualificativos, admitida a indicação de títulos, cargos e especializações;

II- sugerir, solicitar, provocar ou induzir divulgação de textos de publicidade que resultem em propaganda pessoal de seu nome, méritos ou atividades, salvo se em exercício de qualquer cargo ou missão, em nome da classe, da profissão ou de entidades ou órgãos públicos;

III- permitir a utilização de seu nome e de seu registro por qualquer instituição pública ou privada onde não exerça pessoal ou efetivamente função inerente à profissão;

IV- facilitar, por qualquer modo, o exercício da profissão a terceiros, não habilitados ou impedidos;

V- assinar trabalhos ou quaisquer documentos executados por terceiros ou elaborados por leigos alheios à sua orientação, supervisão e fiscalização;

VI- organizar ou manter sociedade profissional sob forma desautorizada por lei;

VII- exercer a profissão quando impedido por decisão administrativa transitada em julgado;

VIII- afastar-se de suas atividades profissionais, mesmo temporariamente, sem razão fundamentada e sem notificação prévia ao cliente;

IX- contribuir para a realização de ato contrário à lei ou destinado a fraudá-la, ou praticar, no exercício da profissão, ato legalmente definido como crime ou contravenção;

X- estabelecer negociação ou entendimento com a parte adversa de seu cliente, sem sua autorização ou conhecimento;

XI- recusar-se à prestação de contas, bens, numerários, que lhes sejam confiados em razão do cargo, emprego, função ou profissão;

XII- revelar sigilo profissional, somente admitido quando resultar em prejuízo ao cliente ou à coletividade, ou por determinação judicial;

XIII- deixar de cumprir, sem justificativa, as normas emanadas dos Conselhos Federal e Regionais de Administração, bem como atender às suas requisições administrativas, intimações ou notificações, no prazo determinado;

XIV- pleitear, para si ou para outrem, emprego, cargo ou função que esteja sendo ocupado por colega, bem como praticar outros atos de concorrência desleal;

XV- obstar ou dificultar as ações fiscalizadoras do Conselho Regional de Administração;

XVI- pleitear comissões, doações ou vantagens de quaisquer espécies, além dos honorários contratados;


CAPÍTULO V
DOS DIREITOS


Art. 8º São direitos do profissional da Administração:

I- exercer a profissão independentemente de questões religiosas, raça, sexo, nacionalidade, cor, idade, condição social ou de qualquer natureza, inclusive administrativas;

II- apontar falhas nos regulamentos e normas das instituições, quando as julgar indignas do exercício profissional ou prejudiciais ao cliente, devendo, nesse caso, dirigir-se aos órgãos competentes, em particular ao Tribunal Regional de Ética e ao Conselho Regional;

III- exigir justa remuneração por seu trabalho, o qual corresponderá às responsabilidades assumidas a seu tempo de serviço dedicado, sendo-lhe livre firmar acordos sobre salários, velando, no entanto, pelo seu justo valor;

IV- recusar-se a exercer a profissão em instituição pública ou privada, onde as condições de trabalho sejam degradantes à sua pessoa, à profissão e à classe;

V- suspender sua atividade individual ou coletiva, quando a instituição pública ou privada não oferecer condições mínimas para o exercício profissional ou não o remunerar condignamente;

VI- participar de eventos promovidos pelas entidades de classe, sob suas expensas ou quando subvencionados os custos referentes ao acontecimento;

VII- votar e ser votado para qualquer cargo ou função em órgãos ou entidades da classe, respeitando o expresso nos editais de convocação;
VIII- representar, quando indicado, ou por iniciativa própria, o Conselho Regional de Administração e as instituições públicas ou privadas em eventos nacionais e internacionais de interesse da classe;

IX- defender-se e ser defendido pelo órgão de classe, se ofendido em sua dignidade profissional;

X- auferir dos benefícios da ciência e das técnicas modernas, objetivando melhor servir ao seu cliente, à classe e ao País;

XI- usufruir de todos os outros direitos específicos ou correlatos, nos termos da legislação que criou e regulamentou a profissão do Administrador.


CAPÍTULO VI
DOS HONORÁRIOS PROFISSIONAIS


Art. 9º Os honorários e salários do Administrador deverão ser fixados, por escrito, antes do início do trabalho a ser realizado, levando-se em consideração, entre outros, os seguintes elementos:

I- vulto, dificuldade, complexidade, pressão de tempo e relevância dos trabalhos a executar;

II- possibilidade de ficar impedido ou proibido de realizar outros trabalhos paralelos;

III- as vantagens de que, do trabalho, se beneficiará o cliente;

IV- a forma e as condições de reajuste;

V- o fato de se tratar de locomoção na própria cidade ou para outras cidades do Estado ou País;

VI- sua competência e renome profissional;

VII- a menor ou maior oferta de trabalho no mercado em que estiver competindo;

VIII- obediência às tabelas de honorários que, a qualquer tempo, venham a ser baixadas pelos respectivos Conselhos de Administração, como mínimos desejáveis de remuneração.

Art. 10 É vedado ao Administrador:

I- receber remuneração vil ou extorsiva pela prestação de serviços;

II- deixar de se conduzir com moderação na fixação de seus honorários, devendo considerar as limitações econômico-financeiras do cliente;

III- oferecer ou disputar serviços profissionais, mediante aviltamento de honorários ou em concorrência desleal.



CAPÍTULO VII
DOS DEVERES ESPECIAIS EM RELAÇÃO AOS COLEGAS


Art. 11 O Administrador deverá ter para com seus colegas a consideração, o apreço, o respeito mútuo e a solidariedade que fortaleçam a harmonia e o bom conceito da classe.

Art. 12 O recomendado no artigo anterior não induz e não implica em conivência com o erro, contravenção penal ou atos contrários às normas deste Código de Ética ou às leis, praticados por Administrador ou elementos estranhos à classe.

Art. 13 Com relação aos colegas, o Administrador deverá:

I- evitar fazer referências prejudiciais ou de qualquer modo desabonadoras;

II- recusar cargo, emprego ou função, para substituir colega que dele tenha se afastado ou desistido, para preservar a dignidade ou os interesses da profissão ou da classe;

III- evitar emitir pronunciamentos desabonadores sobre serviço profissional entregue a colega;

IV- evitar desentendimentos com colegas, usando, sempre que necessário, o órgão de classe para dirimir dúvidas e solucionar pendências;

V- cumprir fiel e integralmente as obrigações e compromissos assumidos mediante contratos ou outros instrumentos relativos ao exercício profissional;

VI- acatar e respeitar as deliberações dos Conselhos Federal e Regional de Administração;

VII- tratar com urbanidade e respeito os colegas representantes dos órgãos de classe, quando no exercício de suas funções, fornecendo informações e facilitando o seu desempenho;

VIII- auxiliar a fiscalização do exercício profissional e zelar pelo cumprimento deste Código de Ética, comunicando, com discrição e fundamentalmente aos órgãos competentes, as infrações de que tiver ciência;

Art. 14 O Administrador poderá recorrer à arbitragem do Conselho nos casos de divergência de ordem profissional com colegas, quando for impossível a conciliação de interesses.




CAPÍTULO VIII
DOS DEVERES ESPECIAIS EM RELAÇÃO À CLASSE


Art. 15 Ao profissional da Administração caberá observar as seguintes normas com relação à classe:

I- prestigiar as entidades de classe, propugnando pela defesa da dignidade e dos direitos profissionais, a harmonia e coesão da categoria;

II- apoiar as iniciativas e os movimentos legítimos de defesa dos interesses da classe, participando efetivamente de seus órgãos representativos, quando solicitado ou eleito;

III- aceitar e desempenhar, com zelo e eficiência, quaisquer cargos ou funções, nas entidades de classe, justificando sua recusa quando, em caso extremo, ache-se impossibilitado de servi-las;

IV- servir-se de posição, cargo ou função que desempenhe nos órgão de classe, em benefício exclusivo da classe;

V- difundir e aprimorar a Administração como ciência e como profissão;

VI- cumprir com sua obrigações junto às entidades de classe às quais se associou, inclusive no que se refere ao pagamento de contribuições, taxas e emolumentos legalmente estabelecidos;

VII- servir-se de posição, cargo ou função que desempenhe nas entidades da profissão de Administrador.


CAPÍTULO IX
DAS INFRAÇÕES E SANÇÕES DISCIPLINARES


Art. 16 Constituem infrações disciplinares sujeitas às penalidades previstas neste Código:

I - a prática de atos vedados por este Código;

II- exercer a profissão quando impedido de fazê-lo ou, por qualquer meio, facilitar o seu exercício aos não inscritos ou impedidos;

III- não cumprir, no prazo estabelecido, determinação de entidade da profissão de Administrador ou autoridade dos Conselhos, em matéria destes, depois de regularmente notificado;

IV- deixar de pagar, regularmente, as anuidades e contribuições devidas ao CRA a que esteja obrigado;

V- participar de instituição que, tendo por objeto a Administração, não esteja inscrita no Conselho Regional;

VI- fazer ou apresentar declaração, documento falso ou adulterado, perante as entidades da profissão de Administrador;

VII- tratar outros profissionais ou profissões com desrespeito e descortesia, provocando confrontos desnecessários ou comparações prejudiciais;

VIII- prejudicar deliberadamente o trabalho, obra ou imagem de outro Administrador, ressalvadas as comunicações de irregularidades aos órgãos competentes.

Art. 17 A violação das normas contidas neste Código importa em falta que, conforme sua gravidade, sujeita seus infratores as seguintes penalidades:

I- advertência escrita e reservada;

II- censura pública;

III- suspensão do exercício profissional por até noventa dias, prorrogável uma vez por igual período, se persistirem as condições motivadoras da punição;

IV- cassação do registro profissional e divulgação do fato para o conhecimento público.

Parágrafo único. Da decisão que aplicar penalidade prevista nos incisos II, III e IV deste artigo, deverá o Tribunal Regional interpor recurso ex officio ao Tribunal Superior.

Art. 18 Na aplicação das sanções previstas neste Código, são consideradas atenuantes as seguintes circunstâncias:

I- ausência de punição anterior;

II- prestação de relevantes serviços à Administração;

III- infração cometida sob coação ou em cumprimento de ordem de autoridade superior.

Art. 19 Salvo nos casos de manifesta gravidade e que exijam aplicação imediata de penalidade mais grave, a imposição das penas obedecerá à gradação do art. 17.

Parágrafo único. Avalia-se a gravidade pela extensão do dano e por suas conseqüências.


CAPÍTULO X
DAS NORMAS PROCEDIMENTAIS PARA O PROCESSO ÉTICO


Art. 20 O processo ético será instaurado de ofício ou mediante representação fundamentada de qualquer autoridade ou particular.

Parágrafo único. O processo ético deverá tramitar em sigilo até o seu término, só tendo acesso às informações as partes, seus procuradores e a autoridade competente.

Art. 21 Os CRAs obrigam-se a publicar em jornal de grande circulação e no seu veículo de comunicação, se houver, após o trânsito em julgado, as decisões que aplicarem as penalidades previstas nos incisos II, III e IV do art. 17 deste Código.

Art. 22 Compete ao Conselho Regional de Administração a execução das penalidades impostas pelos Tribunais Superior e Regionais , na forma estabelecida pela respectiva decisão, sendo anotadas tais penalidades no prontuário do infrator.

Parágrafo único. Em caso de cassação de registro e de suspensão do exercício profissional, além das comunicações feitas às autoridades interessadas e dos editais, será apreendida a Carteira de Identidade Profissional, sendo que, decorrido o prazo da suspensão, devolver-se-á a Carteira ao infrator.

Art. 23 A representação será feita por escrito, mediante petição dirigida ao Presidente do Conselho competente, especificando, de imediato, as provas com que se pretende demonstrar a veracidade.

§ 1º Recebida e processada a representação, será o acusado notificado para, no prazo de quinze dias, apresentar defesa prévia, restrita a demonstrar a falta de fundamentação. (*)

§ 2º Após o prazo, com ou sem defesa prévia, o processo será encaminhado ao Relator designado pelo Presidente do Tribunal.

Art. 24 Mediante parecer fundamentado pode o Relator propor:

I- o arquivamento da representação;

II- a instauração do processo ético, caso não seja acolhida a defesa prévia.

Art. 25 Desacolhida a defesa prévia, o acusado será intimado para, dentro de quinze dias, apresentar defesa, especificando as provas que tenha a produzir e arrolar até três testemunhas.

Art. 26 O Presidente do Tribunal designará audiência para ouvir as partes e suas testemunhas, determinando as diligências que julgar necessárias.

Art. 27 Concluída a instrução, será aberto prazo comum de quinze dias para a apresentação das razões finais.

Art. 28 Decorrido o prazo para a apresentação das razões finais, deve o processo, em até sessenta dias, ser incluído na pauta de julgamento do Tribunal.

§ 1º Na sessão de julgamento, o Presidente do Tribunal concederá inicialmente a palavra ao Relator, que apresentará seu parecer e, após esclarecimentos e defesa oral, se houver, proferirá seu voto.

§ 2º Havendo pedido de vistas dos autos, o processo será retirado da pauta e seu julgamento ocorrerá na sessão plenária imediatamente seguinte, com a inclusão do voto de vistas.

§ 3º Na hipótese do processo ser baixado em diligência, após o cumprimento desta, será devolvido ao Relator para a sessão plenária imediatamente seguinte.

§ 4º Quando a decisão for adotada com base em voto divergente do Relator, o membro que o proferir, no prazo de dez dias a contar da sessão de julgamento, deverá apresentar parecer e voto escrito, para constituir a fundamentação dessa decisão.

§ 5º Admitir-se-á defesa oral, que será produzida na sessão de julgamento, com duração de quinze minutos, pelo interessado ou por seu Advogado.

Art. 29 São admissíveis os seguintes recursos:

I- pedido de revisão ao próprio Tribunal prolator da decisão, em qualquer época, fundado em fato novo, erro de julgamento ou em condenação baseada em falsa prova;

II- recurso voluntário ao Tribunal Superior, no prazo de quinze dias.

§ 1º Para o julgamento do pedido de revisão é exigido quorum mínimo de dois terços dos membros do Tribunal.

§ 2º Todos os recursos previstos neste Código serão recebidos com efeito suspensivo.

Art. 30 As decisões unânimes do Tribunal Superior são irrecorríveis, exceto quanto ao recurso previsto no inciso I do art. 29 deste Código.

Parágrafo único. Em havendo divergência, caberá, no prazo de quinze dias da intimação da decisão, o pedido de reconsideração.

CAPÍTULO XI
DISPOSIÇÕES FINAIS


Art. 31 Os prazos previstos neste Código são contados a partir da data de recebimento da notificação do evento.

Art. 32 Compete ao Conselho Federal de Administração formar jurisprudência quanto aos casos omissos, ouvindo os Regionais, e incorporá-la a este Código.

Art. 33 Aplicam-se subsidiariamente ao processo ético as regras gerais do Código de Processo Penal, naquilo que lhe for compatível.

Art. 34 O Administrador poderá requerer desagravo público ao Conselho Regional de Administração quando atingido, pública e injustamente, no exercício de sua profissão.

Art. 35 Caberá ao Conselho Federal de Administração, ouvidos os Conselhos Regionais e a classe dos profissionais de Administração, promover a revisão e a atualização do presente Código de Ética, sempre que se fizer necessário.

Aprovado na 6ª reunião plenária do CFA, realizada no dia 28 de março de 2001. Alterado na 1ª reunião plenária do CFA, realizada no dia 6 de março de 2002.



(*) Nova redação dada pela Resolução Normativa CFA nº 264, de 6 de março de 2002.
(**) Renumeração dada pela Resolução Normativa CFA nº 264, de 6 de março de 2002

O QUE É O CRA?

O Conselho Regional de Administração é o órgão disciplinador e fiscalizador do exercício profissional do Administrador. Foi criado quando da promulgação da Lei nº. 4.769 de 09/09/1965 que previa a constituição de órgãos que garantissem o cumprimento da mesma. É uma entidade de vida própria, que se mantém sem nenhuma verba governamental, sendo sua única fonte de recursos, as anuidades e taxas de serviços pagas pelos administradores e empresas registrados. Porém, presta contas ao TCU - Tribunal de Contas da União e ao CFA - Conselho Federal de Administração.

O ANEL


O Anel do Administrador tem como pedra a safira de cor azul-escura, pois é a cor que identifica as atividades criadoras, por meio das quais os homens demonstram sua capacidade de construir para o aumento de suas riquezas, tendo em vista suas preocupações não serem especulativas. Em um dos lados da pedra safira deverá ser aplicado o Símbolo da Profissão do Administrador.

A PEDRA

De acordo com as explicações do Professor e Administrador Nogueira de Faria, autor de vários livros de Administração, "a pedra do Administrador é a safira azul-escuro, pois é a cor que identifica as atividades criadoras, por meio das quais os homens demonstram sua capacidade de construir para o aumento de suas riquezas, tendo em vista suas preocupações não serem especulativas".Com fundamento no símbolo, o anel do Administrador deverá ter em um de seus lados o símbolo da profissão do Administrador.

Fonte: www.cfa.org.br